23 de dezembro de 2008

Um pedido de socorro!

Im-pos-sí-vel não falar do Natal nessa semana.... que dirá hoje! Bom, com o passar do tempo, dos anos, nossas perspectivas vão mudando. Isso é óbvio! Mas não tanto quando estamos passando por isso. Nunca pensamos que as perspectivas com relação a algo irá mudar. Pra começo de conversa [como exemplo]: o príncipe do cavalo branco.... okay, depois de algum tempo, você até acredita que ele não vira em um cavalo branco bater na porta do seu castelo e que ele será literalmente alto, loiro dos olhos verdes. Mas a cada amor que você acha que vivencia ao longo da vida você acha que aquele é o seu príncipe encantado.

Tantas outras coisas poderia citar aqui.... sua profissão por exemplo. A minha até poderia imaginar que seria ficar trancada dentro de um escritório com um computador na mesa e uma calculadora daquelas de bobina ainda por cauda da família. Mas que menina nunca sonhou em ser aeromoça, professora, etc e tals. Eu fui muito mais alem.... achava maravilhoso ser caixa de supermercado. Queria ser por toda lei. Mas o meu sonho mesmo nunca deixou de ser cantora. Dessas cantoras de verdade. De lotar o Maracanã ou qualquer outro estádio que todo mundo ficasse embasbacado. Mas queria ser de banda de rock.... sempre fui fascinada pelo rock.... mas o hábito não faz o monge e quem me vê por fora não sabe o que rola por dentro.

Não posso nunca reclamar da minha vida, nem desse ano. 2008 foi ótimo, tirando a perda da minha avó que, apesar de ter sido no meio do ano, sinto até hoje e me pego chorando absurdos pelos cantos da casa até hoje. Não posso pensar nela que já me enche o olho de lagrima. Sim, sei que é egoísmo, ela sofreu demais. Só quem é da família e estava ao redor para saber disso. Meus avós não são daqueles que me pegaram no colo para contar uma linda historia ou sei-la-o-que como avós “normais” fazem ou pelo menos aqueles avós de filmes que vemos. Minha avó materna sofreu do maldito Mal de Alzheimer por longos e imperdoáveis 20 anos. Foram anos que arrancaram de cada um de nós pedaços enormes dos nossos corações e de nossas vidas. Ver alguém que amamos sofrer daquela maneira não foi fácil. No inicio não entendia nada, era uma simples criança e não dava importância. Meu avô materno era o melhor avô do MUNDO. Era daqueles que só tinha idade de avô porque agia como se tivesse a idade dos netos. Acho que já devo ter dito dele por aqui, não sei.... mas ele era maravilhoso. Criou asas e voou para junto da minha avó exatamente 09 meses depois da minha avó materna ter falecido e me devendo R$ 400,00 que deu para a namorada picareta que ele arranjou. Imagina seu avó com uma namorada de 29 anos. E ele nem era rico pra ela ter interesse de ficar com ele.... mas essa é uma outra história. Meu avô paterno não cheguei a conhecer e minha avô paterna sofreu com a maldita diabete até seu ultimo dia onde foi-se sem me esperar voltar da lua-de-mel. Prefiro acreditar que optou por evitar meu sofrimento. Chegando da minha lua-de-mel fiquei sabendo. Olhei para o meu pai, ele olhou para mim.... não sabia o que dizer. Simplesmente agi como uma criança. Imaginem.... recém-casada e corri para sentar em seu colo e falar ao pé do ouvido: “Me desculpe por não ter estado aqui com você ao seu lado. Imagino que tenha sido difícil e queria ter estado aqui com você para te ajudar, meu pai!”. Essa ausência no falecimento da minha avó me persegue até hoje. Por isso adotei os avós do meu marido como meus e eles aceitaram o convite. Sempre fui super bem acolhida por lá. GRAÇAS!

Enfim, talvez o Natal desse ano, assim como todas as outras perspectivas/expectativas da vida quando crescemos, mude e claro não será o mesmo. Pois não conto mais os dias ansiosamente para esperar pelos meus presentes. Fui obrigada a ouvir que minhas tias irão fazer ‘lanchinhos’ para a ceia. E fiquei encarregada pelas frutas. Quando na verdade queria chegar na casa da minha tia no interior com tempo suficiente para fazer a melhor sobremesa de todos os tempos mesmo mal sabendo fazer um miojo.

É difícil lutar contra o sentimento de peso no meu coração entristecendo cada dia que passa mas vou tentar porque quero ter filhos e quero que eles saibam a importância que o Natal representa. Que não é simplesmente esperar o Papai Noel com o seu saco recheado de presentes e sim ter a família reunida por perto, montar a arvore de Natal juntos escutando musicas natalinas, entender o nascimento de Cristo nesse dia e a troca de calor humano e familiar e alegre nesse dia mais importante do ano.

A realidade é que ficamos adultos e saímos do mundo cor-de-rosa e entramos para o mundo cinzento da violência e da realidade que acaba sufocando os sonhos lindos e maravilhosos que temos na inocência da juventude. Vamos nos ajudar a recuperar isso. Sou a favor do movimento! Hahahahaha.... eu imploro!

Tudo SEMPRE com chocolate!

2 comentários:

APPedrosa disse...

Bonito esse seu post. Eu não tenho mais avôs e avós há muito tempo, desde que eu tinha 15 anos. E até hoje, eu já passad dos 30, eles fazem uma falta enorme. São insubstituíveis. Torço para Beatriz curtir muito os que ela tem.

Beijos

Magnum Borini disse...

Olá cara amiga! FELIZ NATAL!!!
bom vou da uma lida neste seu post! bom to com novidades tb sobre o natal! da uma olhada! beijão!