É... desde quando eu era criança. Me colocava dentro de um cubo imaginário e por lá ficava o tempo que fosse, imaginando de tudo, criando de tudo, inventando historias [me envolvendo ou não] e me perdia por lá. Não sei até onde aconteceu de fato comigo e até onde não aconteceu. A verdade é que sempre fui uma sonhadora. Dessas que se escrevesse um livro, daria uma ficção minimamente ridicula. Ou até uma comédia romântica.
Só voltava para o mundo real quando percebia que tinha alguem me observando ou quando vozes bem distantes me chamavam para o planeta verdadeiro. Não gostava muito dele. Nunca gostei. Por isso vivia sonhando, o que é péssimo. Vou explicar. Acho péssimo porque sempre acabava criando uma pessoa que definitivamente não era eu. Não era uma pessoa que defendia aquilo que eu pensava, que eu usava... Sempre achava bonito tudo o que estava nos outros. Estranho porque nunca valorizei o que realmente tinha, fui aprender a valorizar mesmo muito tempo depois quando boa parte da infancia e da adolesncia já tinham ido há muito tempo.
Mas nada como um grande erro para se levar uma grande lição. Ainda hoje me pego iamginando uma Mayra que não existe, uma Mayra que gosta de outras roupas, de outros em geral. Esses dias até me senti uma OUTRA pessoa. Mudei meu RG para o nome de casada, mas logo percebi que foi só um pedaço de papel, pois a velha e boa Mayra continua aqui e nada irá mudar.
* Devo créditos ao post da Ferdi que me fez pensar muito sobre esse assunto e me fez também relembrar essas historias de criança! O "cubo" imaginário de fato existiu. Era o banheiro da minha casa. Hehehehehehe....
MyP.
Um comentário:
O seu cubo corresponde à minha bolha....rs. Adoro esses assuntos...dá muito pano pra manga. No fim das contas, só uma verdade: só a gente sabe quem a gente realmente é. Os outros só conhecem nossas reações diante de determinadas situações. Tive que vencer muitas barreiras para conseguir ser tudo aquilo que sou, de fato. E ainda existem outras!
Beijos!!!
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